NA ESCOLA

Professor sofre. E se tiver um nome incomum então, sofre ainda mais. Eu lembro da minha professora de Geografia da 8a série. Chamava-se Idê. Seu pai, coitado, teve a melhor das intenções em homenagear a cultura Tupi e toda inocência do mundo ao não pensar que esse nome rimaria com um certo artefato francês encontrado nos melhores banheiros.

E como na 8a série os hormônios estão à flor da pele e com 14 anos você não respeita nem sua sombra, eu e meus amigos passamos boa parte do ano chamando a coitada de Bidê. E sempre daquela maneira sonsa e sutil de soltar um B quase mudo, que todo mundo ouvia e suficiente para fazer todos rirem e desmoralizar a professora, mas deixando no ar a dúvida: falei Idê ou falei Bidê?

A matéria de hoje no Jornal O Dia. Não preciso comentar nada:

GOIÂNIA - Melhor ou não que Eto’o, Obina mais uma vez detonou o Goiás. Com uma ‘bomba’, fez o gol da vitória de 1 a 0, no Serra Dourada, repetindo o placar do primeiro turno, quando deixou sua marca no Maracanã.
Para comemorar, ele fez o gesto embala-neném, homenageando Sayonara, a filha nascida há uma semana.